Taxonomias Empresariais uma solução possível

Taxonomias Empresariais uma solução possível

Taxonomias Empresariais uma solução possível

Desde os tempos remotos os seres humanos classificam as coisas do mundo, visando facilitar a sua compreensão e organizar o conhecimento existente. O ato de classificar é utilizado tanto para realizar tarefas simples como organizar frutas e legumes em uma feira, quanto para classificar pacientes de acordo com o grau de risco para priorizar o atendimento em hospitais, utilizando o protocolo Manchester[1].

Ainda que existam pequenas variações quanto ao conceito, há consenso entre os autores quanto ao termo classificação. Segundo (BARBOSA,1969, p.13) “Classificar é um processo mental pelo qual coisas, seres ou pensamentos são reunidos segundo as semelhanças ou diferenças que apresentam”, Já (PIEDADE, 1977, p.8) afirma que “Classificar é dividir em grupos ou classes, segundo as diferenças e semelhanças”. (RIBEIRO, 2013, p. 528) conclui que “Classificar significa, portanto, formar classes de elementos com afinidades entre si e, simultaneamente, distingui-las de outras classes cujos elementos não têm as mesmas caraterísticas”.

Ainda que a classificação seja parte de um processo cognitivo, realizado diariamente pelos seres humanos, a intervenção humana na escolha e seleção das categorias torna este processo amplamente subjetivo e passível de falhas. Classificar de modo coerente, de forma a permitir a busca é recuperação das informações pelos usuários que dela necessitam é uma tarefa complexa que carece do uso de princípios e técnicas, aderentes as regras atualmente demandadas pelos sistemas de organização do conhecimento atuais.

As taxonomias têm sido aplicadas nos ambientes empresariais em portais institucionais, bibliotecas digitais, sistemas de GED e ECM como um novo mecanismo de consulta, ao lado de ferramentas de busca.

Dentre os benefícios das taxonomias podemos destacar a padronização da terminologia utilizada na Empresa; colaboração entre as pessoas; disseminação do conhecimento corporativo e diminuição do tempo necessário para a localização de informações, possibilitando uma busca direcionada.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Mauricio. Revisiting Ontologies: A Necessary Clarification. Journal of the American Society of Information Science and Technology, v. 64, n. 8. p. 1682–1693, 2013.

ALMEIDA, Maurício Barcellos et al. Um modelo baseado em ontologias para representação da memória organizacional. Universidade Federal de Minas Gerais, 2006.

ALMEIDA, M. B.; TEIXEIRA, L. M. D.; COELHO, K. C.; SOUZA, R. R. Relações semânticas em ontologias: estudo de caso do Blood Project. Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2, p. 384-410, set., 2010.

ÁVILA ARAÚJO, Carlos Alberto. Fundamentos teóricos da classificação. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, n. 22, 2006.

BARBOSA, Alice Príncipe. Teoria e prática dos sistemas de classificação bibliográfica. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, 1969.

BORÉM LIMA, Gercina Ângela. Categorização como um processo cognitivo. Ciências & cognição, v. 11, p. 156-167, 2007.

BORÉM LIMA, Gercina Ângela. O modelo simplificado para análise facetada de Spiteri a partir de Ranganathan e do Classification Research Group (CRG). Información, cultura y sociedad, n. 11, p. 57-72, 2004.

BROUGHTON, Vanda. Facet analytical theory as a basis for a knowledge organization tool in a subject portal. 2002.

DAHLBERG, Ingetraut. Teoria da classificação, ontem e hoje. In: Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica. 1976. p. 12-17.

IMAGUIRE, Guido. A negação e as árvores conceituais. O que nos faz pensar, [S.l.], v. 17, n. 23, p. 59-75, june 2008. ISSN 0104-6675. Disponível em: http://www.oquenosfazpensar.fil.puc-rio.br/index.php/oqnfp/article/view/247. Acesso em: 01 july 2017.

JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

JOSEPH, Miriam O Trivium – As Artes Liberais da Lógica, da Gramática e da Retórica – Editora: É Realizações, SP. 2011.

LANGRIDGE, Derek. Classificação: abordagem para estudantes de biblioteconomia. Interciência, 1977.

PIEDADE, Maria Antonieta Requião. Introdução à teoria da classificação. Interciência, 1977.

RIBEIRO, F – O uso da classificação nos arquivos como instrumento de organização, representação e recuperação da informação. In Congresso ISKO Espanha e Portugal, 1, Porto, 2013 – Congreso Isko-España, 11, Porto, 2013 – Informação e/ou conhecimento : as duas faces de Jano : atas. Porto: Universidade do Porto. Faculdade de Letras. CETAC.MEDIA, 2013, p. 528-539.

[1] O Protocolo Manchester ou Sistema Manchester de Classificação de Risco, visa determinar a prioridade clínica do cliente garantindo que o 1º atendimento médico ocorra no tempo adequado.

Claudiane Nazário

Mestranda em Ciência da Informação

Diretora de Operações da Gamarra Tecnologia


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